quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

The Killing



A adaptação americana de "The Killing" é um belo exemplo do motivo de eu não ser extremista no que diz respeito à sempre polémica questão dos remakes. É verdade que na maior parte das vezes, as versões originais são sempre superiores às adaptações sendo estas igualmente em muitos casos perfeitamente dispensáveis. Felizmente, esse nunca foi o caso de "The Killing". Além de trazer uma outra visão aos casos apresentados pelo original dinamarquês (que sim, é um autêntico brilho televisivo), também nos trouxe uma dupla de protagonistas excepcional que rapidamente se tornou numa das minhas preferidas. É por estes dois motivos e também pelo ambiente tão Fincheriano sempre presente nas quatro temporadas da versão americana que sempre me mantive fiel a esta série, defendo-a de todas as críticas (muitas das quais injustas) e até fechando os olhos a alguns erros que a série nas duas primeiras temporadas insistiu em cometer o que lhe provocou a perda de muitos seguidores. Contudo, o que eu não consigo entender é o facto de a Veena Sud, depois de um trabalho tão consistente ao longo de quatro temporadas resolver já seus derradeiros minutos finais estragar toda a essência da série e principalmente dos seus dois protagonistas. Já revi várias vezes esse momento final e continuo sem perceber o que lhe passou pela cabeça. Uma pena, pois de facto "The Killing" merecia um desfecho melhor. Quase que fico com pena que a série não tenha terminado como aquele murro no estomâgo que foi o final da terceira temporada. Ainda assim, recomendo vivamente a visualização quer da versão dinamarquesa como desta adaptação que não fica a dever muito ao original e vale bem a pena quanto mais não seja para admirar a majestosa construção e evolução de Sarah Linden pela Mireille Enos.

Imagem: impawards

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