quarta-feira, 28 de novembro de 2012

“We accept the love we think we deserve.”



Wallflower:
“A person, who sees everything and knows everything that's going on but doesn´t say a word. They aren´t loners, they are shy and don't choose to be in the mix of things. A person nobody pays attention to, and fades into the background, but are really genuine and interesting people if you take the time to get to know them.”  daqui
Este era um dos filmes que mais aguardava nesta recta de final do ano, principalmente depois de ter lido o livro recentemente. O facto de o próprio Stephen Chbosky, autor do livro, ter assumido a adaptação do argumento e a realização, aumentou ainda mais as minhas expectativas e no final o resultado não podia ter sido melhor.

“The Perks Of Being a Wallflower” é uma ode à adolescência, é um retrato exímio sobre as dores de crescimento e as novas descobertas e é sobretudo uma história genuína de amizade entre três pessoas, embalada por um conjunto das mais belas canções do final da década de 80 e dos anos 90  (temos The Smiths, Nick Drake, David Bowie, os Beatles, Sonic Youth, entre muitos outros) que funciona igualmente como catalisador para a construção da identidade das personagens.

Como tal, não é de estranhar que Chbosky tenha escolhido a “Heroes” do enorme Bowie, para complementar duas das mais importantes sequências do filme, afinal de contas a maior vantagem de ser invisível é a liberdade de assumir sem reservas uma identidade própria, e não há maior acto de heroísmo na adolescência (e não só) do que a autoaceitação. No final, enquanto a “Heroes” continua a tocar no grande ecrã, a sensação com que saímos da sala do cinema é em tudo similar à dos três protagonistas: “in that moment, I swear we were infinite.” Um “pequeno” grande filme e um dos meus preferidos do ano.

Três notas finais:

  • Não deixem de ler o livro. Acho que ainda não há edição portuguesa mas lê-se bastante bem em inglês. Os mais preguiçosos podem sempre espreitar a lista dos livros e músicas referidas no mesmo que valem bem a pena.
  •  A recriação exímia que o Steven Chbosky faz da atmosfera dos anos 90. Além das eternas mixtapes, adorei aquele momento em que o trio protagonista ouve uma música na rádio (“The Tunnel Song”) e fica em pulgas para descobrir a autoria da mesma. Tive tantos momentos desses...
  •  Falando em trio protagonista, não posso deixar de referir o excelente trabalho do Logan Lerman, da Emma Watson e principalmente do Ezra Miller. É muito gratificante assistir ao nascimento desta nova geração de actores.
Imagem: reprodução

15 comentários:

Anónimo disse...

fiquei com imensa vontade de ler o livro e de ver o filme graças à tua crítica. sou fã do ezra miller desde que o vi em "we need to talk about kevin", cujo livro é também uma pequena maravilha. obrigada!

Ana disse...

A frase que escolheste para título ficou a martelar na minha cabeça desde que vi o trailer. Tenho mesmo de ir ver o filme rapidamente.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anita disse...

Espero que gostem :)

Limited Edition: Não li o livro mas também gostei imenso do Ezra Miller no "We Need To Talk About Kevin".

Rosie disse...

Quero tanto mas tanto ver.

Anita disse...

Força. Acho que vais gostar ;)

tadeu disse...

texto inspirado Ana :)

efemota disse...

fiquei ainda com mais vontade de ver o filme! e só reparei agora que um deles é o tipo do we need to talk about kevin, fez uma grande prestação nesse filme, e também tou interessado em ver a emma watson sem que seja uma feiticeira :P

cumps

Anónimo disse...

Obrigado.
Muito obrigado.

PedroG

Anita disse...

Gostaste Pedro?

Anónimo disse...

Gostei mesmo muito. Tão simples e tão bonito. Impossível não me identificar de uma forma absurda com o filme e com o que vi. Uma realização despretensiosa mas muito competente, interpretações muito boas e uma mão cheia de excelentes canções a dar o tom.

Não só gostei como comprei o livro logo a seguir. Por isso sim, obrigado. Se não fosse por ti,ter-me-ia passado despercebido sabe-se lá mais quanto tempo. ;)

Eh pá, gosto muito do teu blog, sabes? :)

**
PedroG

Gustavo disse...

Este filme é a TUA cara ;)
Também gostei bastante.
Beijo.

Anita disse...

Pedro: Compreendo e partilho essa identificação. É o tipo de filme que nos desperta a alma ;) Espero que gostes do livro também.

Gustavo:Já sabia que ias gostar...e tem Pavement na OST também por isso era um win-win :D

Anónimo disse...

Adorei!

Mastodontes

Anita disse...

Por acaso ia-te perguntar se já o tinhas visto quando deixaste o comentário ali no "Detachment" mas depois não sei porque esqueci-me :)

Bem me parecia que também ias gostar ;)