Away We Go é o segundo filme que vejo este ano de Sam Mendes e, tal como Revolutionary Road também entra directamente para a minha lista de melhores do ano. Em Away We Go, Mendes volta a explorar a temática da família americana, ainda de que de uma forma mais leve comparativamente aos seus últimos trabalhos. Contudo, a forma genuína e doce com que o faz não consegue deixar ninguém indiferente.
O filme conta-nos a história de um casal que enfrenta uma crise pessoal com a gravidez do primeiro filho. Sem nada que os "prenda" ao local onde residem, Burt e Verona resolvem iniciar uma roadtrip de modo a encontrarem o lar dos seus sonhos onde possam educar o seu filho. Ao longo da viagem vão encontrando e conhecendo diferentes identidades e possiveís futuros que variam do cenário mais hilário ao mais devastador. Repleto de bons momentos é impossível deixar de mencionar aquela que na minha opinião é uma das cenas de maior intensidade que Mendes já nos proporcionou. Refiro-me ao momento em que a dupla parece finalmente ter encontrado o local dos seus sonhos, até que em apenas 2 minutos e ao som de uma devastadora Oh Sweet Nuthin` o casal apercebe-se de toda a infelicidade silenciosa em que vivem os seus amigos e acabam por desistir da ideia. Uma cena curta, simples e com poucos diálogos mas, capaz de trespassar uma dor indescritível.
Mais uma grande filme para Sam Mendes, que além de provar mais uma vez ,todo o seu talento e sensibilidade consegue igualmente demonstrar na perfeição a sua versatilidade.
Um dos melhores do ano.
Imagem: Reprodução
3 comentários:
depois do "revolutionary..." pensava que este teria maior atenção, mas não.
teve percurso tranquilo, bem à lá indie.
para ver, certamente!
eu adorei. é uma coisa tão romântica :D
na outra banda: ainda não vi o 500 days mas, para já este é o indie do ano :)
João: eu não o camparo ao RR, até porque para mim o RR é um dos melhores filmes dos últimos anos. Mas, gostei mesmo muito deste away we go..é de uma sensibilidade notável. Nota-se bem o "dedinho" do Dave Eggers :)
Ângela: e também adorei...um dos meus preferidos do ano...ah...e não me importava nada de ter um Krasinski s´par mim:) cada vez gosto mais dele:)
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