"O caso de Tarantino é, sem dúvida, o mais espectacular, quanto mais não seja porque ele visa uma reconversão quase surreal do clássico filme de guerra, criando uma espécie de ficção em segundo grau que, momento a momento, vai problematizando a própria possibilidade de convocar referências exteriores ao universo em que se move. Vale a pena dizer, a esse propósito, que Inglourious Basterds até consegue integrar na sua banda sonora uma canção como Putting Out the Fire, de David Bowie, originalmente pertencente ao filme Cat People (1982), de Paul Schrader -- convenhamos que ouvir Bowie numa cena de Paris, durante a ocupação nazi, tem tanto de impossível como de irresistível..."
Por João Lopes em Sound+Vision
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