O mais recente novo trabalho do extaordinário Gus Van Sant conta-nos a história de Harvey Milk, um homem que em 1977 entrou para a história mundial ao tornar-se no primeiro homossexual assumido a ser eleito para um cargo político nos EUA. Van Sant consegue retratar o percurso deste homem de uma forma apaixonada, abusando de imagens de arquivo que são conciliadas na perfeição com diálogos extremamente enriquecedores , deixando assim de lado as longas reflexões silenciosas que pautaram os seus últimos trabalhos.
Contudo, se Gus Van Sant está exímio na realização o mesmo se pode dizer de Sean Penn com a sua interpretação excepcional onde se nota todo o cuidado, delicadeza e empenho que dedicou a este personagem, um dos papeis mais bem conseguidos de toda a sua carreira cinematográfica. Quem vemos no grande ecrã não é Penn, o actor mas, sim o próprio Harvey Milk que nos permite sentir plenamente toda a sua luta, todas as suas frustações e alegrias, derrotas e vitórias. O núcleo secundário é algo de extaordinário com um Emile Hirsch a provar mais uma vez que é um nome a seguir com bastante atenção, James Franco a presentear-nos com a sua melhor interpretação de sempre, Diego Luna ao melhor nível e Josh Brolin a justificar plenamente a sua nomeação ao Oscar. A banda sonora do grande Danny Elfman, merece igualmente todo o destque pois está simplesmente majestosa.
Concluindo, Milk é muito mais do que um filme político é, em toda a sua essência um filme sobre esperança, bastante intenso, extremamente bem conduzido e com um conjunto de interpretações sublimes, que constará sem dúvida alguma na lista dos melhores do ano.
6 comentários:
Diz-me... vai ser o Sean a ganhar, não vai?
Kiss
bom ler o que escrevese. gosto do trabalho do gus van sant, mas ele ter seguido caminhos mais difíceis para expressar sua arte.
quanto ao sean, bom, é o tipo de actor que dá vontade de ver o que faz dentro e fora dos ecrãs.
dica reforçada :)
Já ouvi dizer mal deste filme hoje...o que só aguçou mais a minha curiosidade...:)
bjs
O filme é muito bom de facto mas ainda assim esperava um pouquinho mais dele. E considero a prestação de Hirsch superior relativamente a Brolin.
Bjs
Além de todos os méritos do filme, fica o registo de uma composição assombrosa de Sean Penn.
Se dúvidas havia, Penn prova que é de outro campeonato (assim ao nível de um Day Lewis e poucos mais).
Bjs.
Mr. Blue: desde o Mystic River que já não tinha dúvida alguma disso!!!O Penn é extraordinário!!
Fifeco: A mim não ,me desiludiu em nada!!! E acho que enre o Franco, o Hirsh e o Brolin a escolha seria sempre difícil...os três estão excepcionais!!
Lilipat: das três pessoas com quem vi o filme só eu é que gostei:) mas, posso-te garantir que é um filme bastante bom!
na outra banda: sim o Penn tem vindo a provar toda a sua versatilidade!!Espero que o seu próximo trabalho seja tão bom quanto o "Into the Wild"!!
Ianita: com a Academia nem me atrevo a fazer previsões ;)
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