segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Twilight, por João Lopes*

Este senhor diz tudo...
(...)Temia-se o pior face a Twilight/Crepúsculo(...),

Os resultados desmentem as previsões mais pessimistas, a provar que a realizadora Catherine Hardwicke (autora do magnífico Lords of Dogtown, com Emile Hirsch e Heath Ledger, lançado directamente em DVD) possui um olhar realmente original. Há mesmo um feeling revivalista, remetendo-nos não para as imagens de marca dos vampiros sanguinários dos anos 60/70, da produção britânica dos estúdios Hammer (lembremos a obra notável de Terence Fisher), mas sim para o universo contemplativo e poético das produções dos anos 30 lideradas pelo actor Bela Lugosi.(...)


Na prática, isso faz de Crepúsculo um verdadeiro objecto de resistência à banalização hedonista de muitas personagens adolescentes. Em vez de escravos da sua (in)satisfação, estas são personagens cujo prazer nasce da suspensão do êxtase sexual. Mais uma razão para descrevermos Crepúsculo como um filme saborosamente "antigo", ou melhor, construído a partir de um provocatório anacronismo ético e estético


*Podem ler a crítica completa aqui.

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