Casino Royale (2006) foi um marco na história do James Bond, atrevo-me mesmo a dizer que foi um dos melhores filmes da saga por isso, a sua sequela de novo com Daniel Craig no papel do agente secreto, era aguardada com grandes expectativas ainda mais, quando tem por trás nomes como Mark Foster na realização (responsável pela pequena maravilha Finding Neverland) e, Paul Haggis (Crash) no argumento.
Pela primeira vez, um filme de Bond tem inicío precisamente onde o seu anterior terminou, em Itália com James a perseguir arduamente os culpados pela morte de Vesper (Eva Green), numa cruzada violenta que se extende ao longos dos 106m, onde o nosso agente secreto vai deixando um rasto de sangue nos locais por onde vai passando. Nessa sua obcessiva perseguição acaba por conhecer Camille (Olga Kurylenco) também ela em busca de vingança pelo assassinato dos seus pais. Vingança é assim o cerne do filme, que é marcado por fortes cenas de acção, perseguições alucinantes (de carro, de barco e, até de avião) e lutas agressivas.
Contudo, a acção nem sempre é suficiente e, nesta sequela perde-se um pouco o espírito da personagem "Bond", nomeadamente o seu glamour, o seu carisma, o seu sentido de humor, ao invés, temos apenas uma personagem vingativa e ressentida mas, percebo que este é um mal necessário, uma espécie de período de transição para encerrar os fantasmas de Casino Royale e, acredito que no próximo vamos voltar a ver o agente 007 no seu melhor. No que diz respeito às Bond Girls, estas também não corresponderam às expectativas. Fields (Gemma Arterton) parece surgir apenas para ser conquistada por Bond (salvou-se a cena da sua morte numa clara homenagem a Goldfinger) e, Camile não faz esquecer Vesper, esta sim o modelo ideal de uma Bond Girl.
Algo muito bem explorado, foi a relação entre Bond e M (fantástica Judy Dench), com os dois actores a demonstrarem na perfeição a excelente química entre as personagens.
Mathieu Amalric no papel de vilão como Dominic Greene esteve impecável mas, o melhor do filme volta a ser a interpretação de Daniel Craig , que mesmo com alguns precalços , volta a justificar que foi a melhor escolha para desempenhar este papel.
Concluindo não superou as expectativas mas, também não as defraudou e, foi sem dúvida alguma um momento bem passado.
2 comentários:
Ainda me falta ir ver este......
Mas vou! :)
não percas:)
não supera as expectativas mas, vê-se muito bem:)
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